sexta-feira, 18 de março de 2011
A Culpa é de Deus?
>> A Culpa é de Deus?
“Justo é o Senhor em todos os seus caminhos, e benigno em todas as suas obras.” (Salmos 145:17)
Depois da catástrofe que recentemente ocorreu no Japão, muitos ateus e teólogos vêm debatendo sobre a responsabilidade de Deus no ocorrido. Assim, os ateus atribuem a Deus a culpa pelo que aconteceu, justificando que pelo fato de Deus ser Onisciente, ou seja, por prever o futuro, Ele não ter evitado tal catástrofe implica em sua não existência.
Por outro lado, alguns teólogos como Ricardo Godim, afirmam que Deus não pode prever os “acontecimentos” em si, mas somente as “possibilidades”, ou seja, usando um exemplo, segundo o teísmo, Deus não sabe se você vai ler esse texto todo (o que eu recomendo), mas ele sabe que se você chegou até aqui, então existem duas possibilidades, você pode ler todo o texto ou pode deixar de ler o restante do texto.
Dessa forma, esses teólogos eximem de Deus a culpa pelo acontecido, justificando que Deus não poderia ter previsto o ocorrido que aconteceu no Japão.
Outros religiosos, por sua vez, afirmam que o acontecido no Japão foi castigo de Deus, pois apenas 5% da população se consideram cristãos (católicos e evangélicos). O que eu, particularmente, não concordo, pois se analisarmos os argumentos em questão, veremos que as tragédias que aconteceram em SC, AL e RJ, que de fato são estados pertencentes ao país que têm uma das maiores populações cristãs no mundo, contradizem o argumento usado anteriormente.
Vamos aos fatos.
Desde a queda no Jardim do Éden, o homem assumiu a responsabilidade por tudo que acontece consigo mesmo, ou seja, para cada atitude nossa há uma conseqüência lógica. Dessa forma, o Diabo, que introduziu o pecado no mundo, passou a manipular e infernizar a vida do homem na Terra.
Assim,
Desde a queda, o homem se distanciou de Deus por causa do pecado introduzido agora em sua natureza, o que nos deixou sujeitos a todo o tipo de males e sofrimentos existentes no mundo. E o que aconteceu no Japão é simplesmente mais um desses males que permeiam a Terra.
O Diabo, por sua vez, o verdadeiro autor de toda a maldade existente no mundo, que por conseqüência, nos traz todos os mais diversos tipos de sofrimentos e angústias, tem tentado atribuir a Deus a culpa por tudo o que há de ruim no mundo. Assim, ele tem enganado a muitos ao atribuir a Deus a culpa por algo que é dele mesmo, conseguindo assim, se eximir da própria culpa pelo ocorrido.
Muitos devem estar se fazendo estas perguntas:
- Se Deus é de fato Onisciente e Onipotente, por que é que ele não interferiu no ocorrido?
R= Deus é de fato onisciente e onipotente, o que não implica que ele vá interferir em tudo. Para que Deus possa interferir em nossas vidas é necessário clamarmos, buscarmos e nos distanciarmos do pecado, pois se estamos em pecado, nos distanciamos de Deus, o que nos deixa vulneráveis e sujeitos a todo o tipo de maldade existente no mundo. Da mesma forma que Deus, por ser um ser educado como Ele é, só vai agir e interferir sua vida se você abrir as portas do seu coração e aceitá-lo, ele também só vai interferir em uma tragédia do tipo que ocorreu no Japão se, e somente se, este país abrir as portas para Ele.
Dessa forma,
Deus não queria e nem quer nenhum tipo de sofrimento para nós. Mas, se estamos distante de Deus, então estamos longe da sua proteção, o que nos deixa vulneráveis para todo o tipo de sofrimento e angústia articulada pelo maligno.
“...Então clamaram ao Senhor na sua tribulação, e ele os livrou das suas angústias...”
(Salmos 107-19)
- Deus pode castigar e matar uma nação inteira? Por Quê?
R= Sim, Deus pode, pois como eu já disse, ele é onipotente. Pois, se meras criaturas como nós nos sentimos no direito de “castigar”, ao eliminar toda uma colônia de formigas, que não passam de criaturas indefesas, por causa do “incômodo” que elas nos causam, por que Deus não poderia fazer o mesmo com criaturas repugnantes sujeitas ao pecado como nós?
Não é interessante como muitos condenam a Deus por motivos que elas mesmas julgam por naturais?
No entanto, eu não acho que tenha sido essa a vontade de Deus, até porque eu não vejo interesse de Deus nisso. Mas se fosse, não seria injusta, pois diariamente fazemos o mesmo e até pior e mesmo assim exigimos o perdão daquEle a quem condenamos pelos mesmos motivos.
- Se Deus pode matar pessoas, ele é mau?
R= Não, pois isso não faz parte da natureza de Deus. Se alguma formiga te morde, você vai lá e mata ela não é? Da mesma forma é Deus. Quando você comete um pecado, isso fere a identidade santa de Deus, o que SE ELE QUISER, pois não faria dele um ser mal ou injusto, destruir uma criatura errônea e sujeita ao pecado como nós, o que se caso ocorresse, não alteraria a identidade benigna de Deus.
- Por que esta catástrofe aconteceu no Japão? Poderia ter acontecido no Brasil?
R= Os mais diversos tipos de catástrofes ocorrem em todo o mundo. Todos estão sujeitos a este ou a outro tipo de tragédia de dimensões maiores ou menores, inclusive aqui no Brasil, como exemplo, as que ocorreram em SC, AL e RJ. Fatores como o ambiente, por exemplo, definem o tipo de catástrofe que pode ocorrer naquele local, e a interferência humana na natureza, principalmente, só agravam tais acontecimentos.
- Se Deus nos ama por que ele permite que haja tanto sofrimento na Terra?
Primeiro, é claro que Deus nos ama, isso é incontestável, pois ele provou isso quando enviou seu filho para nos salvar. Segundo, Deus permite que isso aconteça, pois quando o homem pecou contra Deus, se afastou de Deus, e assim, como eu já disse, ficou vulnerável a todo o tipo de sofrimentos, opressões e angústias presentes na mediocridade deste mundo.
Se tudo acontecesse pela vontade de Deus, o homem não teria pecado, e assim não estaria sujeito a todo o tipo de maldade existente no mundo.
Dessa forma,
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As pessoas querem que Deus interfira quando ocorre uma catástrofe. Agora pergunta para essas pessoas que elas acham de Deus interferir quando estão fofocando, fornicando, roubando, enganando...
ResponderExcluirVeja se nesses momentos ficariam felizes de Deus aparece e dissesse "devolve o troco que recebeu a mais no supermecado".